segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As Razões do Boca Braba (João de Almeida Neto)

Me chamam de boca braba
Não sabem me analisar
De gênio eu sou uma cachaça
Mas de alma, um guaraná
Só não me péla com a unha
Quem pretende me pelar
E depois que eu fico brabo
Não adianta me adular

Eu sei que é em mim que deságua
Quase que cento por cento
De todo o ressentimento
Desta gente que tem mágoa
É porque não bebo água
Nas orelhas dessa gente
Que adora mostrar os dentes
Por não terem fé no taco
Ficam grudado no saco
Dos políticos influentes

Me chamam de boca braba
Mas eu nem brabo fico
Não desfaço quem é pobre
Nem adulo quem é rico
Quando eu gosto, elogio
Quando não gosto, critico
E onde tem galo cantando
Eu vou lá e quebro-lhe o bico

O meu jeito há! há!
O meu jeito conforme já tenho dito
Pra uns é muito bonito
Pra outros, o meu defeito
Mas talvez seja o meu jeito
Que me troque de invernada
Cada um tem sua estrada
Seu lugar, seu parador
A abelha gosta da flor
A sarna, da cachorrada

Me chamam de boca braba
Esta gente tá enganada
Eu tenho é boca de homem
E tenho opinião formada
Sei qual é a boca que explora
Sei qual é a boca explorada
E é melhor ser boca braba
Que não ter boca pra nada.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O meu voto não pode ser...

Me formei em Comunicação Social em 2004, pela Unisinos e possivelmente já no primeiro semestre, não vou lembrar exatamente como era a definição que aprendíamos, mas alguém nos ensinou que comunicação basicamente é troca, algo que vai, mas tem que voltar, do contrário não cumpriu o seu papel, não comunicou. Confesso que é uma discussão longa, mas gosto de simplificar assim: troca.

Pra mim faz todo sentido. Um ator fazendo um monólogo cumpre o seu papel em comunicar algo, as pessoas podem lhe devolver sorrisos, aplausos ou até arrepios, que ele não vai ver ou ouvir, mas de alguma forma saberá que o seu texto modificou alguma coisa em quem recebeu a mensagem.

Na infância, se o pai ou a mãe pegasse o chinelo na mão depois de a criança ter feito alguma arte, ninguém precisava dizer nada e certamente iria receber alguma coisa em troca. Umas chineladas ou o susto da ameaça. Enfim, mais uma vez duas partes se entendiam, o recado estava dado e todo mundo entendeu.

Em ano de eleições, juro que fico sem entender muita coisa. Assisto, escuto e leio os materiais de muitos candidatos e fico com uma impressão enorme de que eles querem falar comigo, mas não conseguem. Eu sei que eles querem me dizer alguma coisa, acredito mesmo que no fundo eles tenham algo para me comunicar, mas não consigo devolver nada, porque me perdoem, na sua grande maioria não me dizem nada. (Já dizia o Huberto Gessinger: "Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada...")

Eu sei que o que eles querem algo em troca, mas me perdoem, assim não vão conseguir nada. Quando sou abordado por um militante ou escuto o político dizendo: "Não esqueça!! É fulano de tal, número XXX!!!" penso que mal sabem eles que sou fraquíssimo de memória. Posso achar no lugar aonde voto o número do meu candidato, pois obrigatoriamente lá devem estar o número de todos candidatos em ordem alfabética. Por isso, pelo menos até o dia de votar, o que menos me importa é o número. 

Precisam de fato se fazerem entender para que eu dê algo em troca. Acho um atentado a minha inteligência que eles acreditem que eu votarei neles, vendo e ouvindo o que eles dizem. Que se eu memorizar um bordão ridículo ou a número deles, vai ser o suficiente para eu votar. Prefiro acreditar que não entendo o que eles querem me dizer ou o que eles querem em troca, porque o meu voto com certeza não pode ser, só pode ser piada.





terça-feira, 20 de julho de 2010

Show na Casa das Artes | dia 1º de Agosto | Domingo

Gurizada, dia 1 de agosto, um Domingo, vamos fazer um show na Casa das Artes, em Bento Gonçalves. Um peitaço.
Produção toda nossa. Tivemos que correr atrás de tudo: som, luz, pontos para vender ingresso, imprimir flyers, ingressos, cartazes, divulgar nos meios da imprensa e tudo mais. 
Tudo dependente.
Sim, porque dependemos de muita gente para que tudo dê certo: das namoradas, dos amigos, dos pais, dos irmãos...
Mas vai dar tudo certo. Fica aqui o convite a todos.

O show terá a participação do Coral do Vale dos Vinhedos, da cantora Camila Farina, do pianista Rodrigo Soltton, do cantor Alemão Velliaria com a sua harmônica e também do compositor Fernando Saldanha, vencedor da última Califórnia Canção Nativa. 
O meu querido amigo Bernardo Ghelen está nos ajudando a bolar um cenário bacana também.

Logo ali embaixo tem um vídeo da gente tocando Herdeiro da Pampa Pobre, do Vainde Darde, no show que abrimos do Renato Borghetti, também no Teatro da Casa das Artes.




quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quem tem esse direito?

Uma coisa que eu procura evitar em escrever aqui é acerca de temas de domínio público. Vamos entender por isso, discussões sobre as novas mídias e redes sociais, ou o novíssimo modelo do Iphone 4, ou quem sabe uma análise semântica e profunda sobre os reflexos do Big Brother na sociedade. Honestamente procuro fugir desses assuntos que sempre tem os filósofos de plantão que já fazem isso, então não precisa.
Mas hoje vou fugir da minha regra e vou falar sobre arrogância.
Mas o tema arrogância está em discussão no momento? Sim, pra mim essa briguinha entre Globo e o Dunga é puro sinal de arrogância.

A Globo é uma potência, ou melhor, a Globo é foda.
Em diversos aspectos o jornalismo do Brasil, evoluiu em virtude da Globo.
A equipe do Roberto Marinho é a maior bazuca do Brasil, com um tiro deles atingem muita, mas muita gente, aqui e no mundo. Deram aula no caso do www.milcasmurros.com.br, pra provar que sabem falar diversas línguas e segmentam comunicação como ninguém. Se tu tiver uma mensagem a ser comunicada, pode ter certeza que eles tem a solução para comunicar aonde precisar. Ela chega no lar de praticamente todos brasileiros.
Além disso, muito publicitário ficou rico graças a Globo. Muitos músicos fizeram sucesso abraçados na Globo. Cabe comentar que dizer isso não tira o talento de ninguém, tenho convicção de que verdadeiros grandes publicitários e artistas seriam de qualquer forma.
Enfim, eu nem precisava ter escrito esses dois parágrafo e parado na frase lá de cima: a Globo é foda. PONTO.

A esbarrada que a Globo deu com o Dunga, em não poder fazer o que sempre fez na Copa escancara a arrogância dela: a Globo realmente acha que tinha o direito de ter exclusividade, porque ela é a maior e melhor.

Isso pra mim é arrogância
Porque quem está do lado de lá, tem o direito querer se preservar e permitir ou não. Só ele sabe o que pode atrapalhar a rotina e depois ser cobrado por isso.

Mas isso dá o direito dela ser arrogante?
Me desculpem, mas esses sinais de "Cala Boca Galvão" ou "Dia sem Globo" são nítidos sinais de tem alguma coisa errada. Tem muita gente se sentindo incomodada de alguma forma pela Globo, ou insatisfeita. Não sei qual é a palavra. Mas tenho certeza que tem muita gente que admira a Globo, assiste a Globo e que nem por isso ama a marca, mas sim precisa dela. É bem diferente.

Será que se as outras emissoras tivessem oportunidades exclusivas, não teriam ficado poderosas também?

De qualquer forma, acho que nem a Globo e nem ninguém tem o direito de dizer: eu sou foda, por isso eu posso passar por cima de alguém. Na vida a gente vê isso, gente que costuma dizer: Mas tu sabe com quem tu estás falando?

Foi essa sensação que eu tive com a discórdia entre Globo e Dunga, mas o que mais me deixa triste é ver que isso acontece também com publicitários, jornalistas, advogados, médicos, músicos...

Concordam?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Foto da Trupe Ópera Pampa

Mas bah,
até que enfim conseguimos reunir os 5 com tempo, uma máquina e alguém pra fotografar.
A Carol, namorada do Marcelinho, nosso percussionista está ensaiando os primeiros passos como fotógrafa e tirou estas, entre outras.
Gostei bastante.
Só falta fechar mais show agora...



terça-feira, 25 de maio de 2010

Coisas incoerentes

Abri o site do Terra hoje para ler meus e-mails e me chamou atenção uma notícia, contando sobre os postos de gasolina de São Paulo que estão vendendo gasolina sem impostos, por protesto.
Mas vamos combinar o seguinte: essa modelo bonitona não está com cara de alguém revoltado pelos impostos.



As vezes as empresas forçam a barra e acabam perdendo a oportunidade de serem verdadeiros.
Neste caso o que eles vão conseguir vai ser um monte de marmanjo assoviando para as fofoletes, que vão sorrir da maneira mais simpática.
Chama atenção, mas de protesto me desculpa não tem nada.
Não estou dizendo que deveria ter uma marcha, ou manifestações hostis como vimos durante anos, o que quero dizer é que isso está longe de ser algo criativo...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tô dizendo que as coisas estão mudando

No sábado fomos agraciados com a excelente apresentação do Duo Araldi e Bottega, em um show de violão e flauta interpretando obras de Pujol e Piazzola. Os dois estão tocando demais e as peças escolhidas estavam maravilhosas.


Mas o mais importante: a casa estava cheia. Ainda restavam alguns lugares, mas em se tratando de um show que 2 guris que estão iniciando uma brilhante carreira, considero que a casa estava lotada e com um calor entusiástico a cada música apresentada.


Fico muito feliz com isso, as coisas realmente estão dando certo..
Outra foto abaixo é do show dos meus amigos do Farina Brothers que tocaram neste domingo, numa bela tarde cercada de carros antigos em Santa Tereza, além da paisagem ímpar...

Como diria meu amigo Pedro Júnior da Fontoura: QUE MOMENTO!!!

domingo, 16 de maio de 2010

Chorinho na Praça Pública em Bento?!

Honestamente, lá pelos idos anos de 1997 quando cheguei em Bento Gonçalves, se alguém me contasse que haveria um show de chorinho em tributo a Noel Rosa, numa praça pública da cidade eu juro que iria desconfiar.



Um bate-papo com feras da música universal do nosso Rio Grande do Sul: Luiz Marenco, Pirisca Grecco, Cristiano Quevedo e César Oliveira seria ainda mais difícil imaginar.


Um show do Oswaldo Montenegro no Ginásio Municipal, outro do Borghetti no teatro da Casa das Artes, peças de teatro fazendo parte da rotina da cidade, eu acharia que estavam falando de outra cidade. Aliás, Casa da Artes pronta, com cursos de teatro, oficinas de música, mostras de artistas plásticos, artista da cidade lançando disco lá dentro, uma verdadeira efervescência de manifestações.
Realmente a cidade vive um momento ímpar. Com todo respeito, mas passaram pela fase de achar que as únicas manifestações culturais que a cidade devia ter era de Coral Italiano, cantando La Bela Polenta. Tomara Deus isso nunca acabe, mas graças a Deus também as coisas não pararam por aí e hoje temos uma vida cultural em Bento, cheia de opções. Ainda estamos engatinhando em diversos aspectos, comparando mas creio demais, que temos uma semente muito forte sendo plantada e indiscutívelmente as figuras do meu amigo Pedro Júnior da Fontoura e Juliano Volpatto, estão conduzindo isso. Força, porque a tarefa não é fácil.
Que a classe artística da cidade faça por merecer projetos de estímulos a produção autoral e saiba se organizar para buscar o que quer, com clareza e coerência do nosso papel: fazer arte. Aliás, acredito demais que somente através da arte iremos conseguir mudar o comportamento das pessoas e transformar o mundo. Sempre foi assim e os artistas não podem se furtar desse compromisso.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lista do Dunga para a Copa


Confira a lista de convocados para a Copa do Mundo,
Porque eu publiquei isso: tem apenas TRES jogadores que atuam no Brasil.
Que tristeza...
outra coisa: 2 são ex jogadores do Inter, quer apostar que um dia eles voltam pro Beira Rio.
Goleiros
Júlio César (Inter de Milão-ITA)
Gomes (Tottenham-ING)
Doni (Roma-ITA)
Laterais
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Gilberto (Cruzeiro)
Michel Bastos (Lyon-FRA)
Zagueiros
Juan (Roma-ITA)
Lúcio (Inter de Milão-ITA)
Luisão (Benfica-POR)
Thiago Silva (Milan-ITA)
Volantes
Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE)
Felipe Melo (Juventus-ITA)
Josué (Wolfsburg-ALE)
Kleberson (Flamengo)
Meias
Elano (Galatasaray-TUR)
Ramires (Benfica-POR)
Kaká (Real Madrid-ESP)
Júlio Baptista (Roma-ITA)
Atacantes
Luís Fabiano (Sevilla-ESP)
Nilmar (Villarreal-ESP)
Robinho (Santos)
Grafite (Wolfsburg-ALE)

Video do Ópera Pampa pronto

Gurizada,
ficou pronto o Video Release que fizemos sobre o Ópera Pampa.
Pra quem não sabe, é um projeto que idealizei com os meus amigos Cassiano Farina e Diogo Farina, para tocar apenas obras de compositores gaúchos, independente do estilo musical.
No meio do processo entraram ainda os músicos Marcelinho Silva e Diego Dias e se tornaram Pampeanos também, dando o toque final que faltava no conceito do projeto.
Hoje digo que estou super satisfeito com o resultados do formato e de como as obras ficaram interpretadas por nós.
Agora queremos levar a adiante e dividir a alegria e diversão desse show com mais gente.
Curtam aqui como nasceu a história.
Abraço

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sabedoria de bisavó...

Tenho uma crença muito forte de que as respostas para as coisas mais complexas, são simples.
Parece complexo entender como a minha bisavó chegou aos quase 101 anos.
Ano passado quando ela fez 100 anos teve até matéria no Jornal do Almoço, com direito a ver o Lasier Martins quase chorando (sem choque).



Mas conversando com a Vó Nita, ouvi ela dizer as principais coisas que ela fez pra chegar a essa idade é não carregar os dias que passaram. Ela vive olhando pra frente e não carrega o peso dos dias que se foram. Realmente é uma resposta simples e só de ouvir isso dá pra imaginar a leveza dela como pessoa.

(na foto aí em cima estou passeando com ela, na praça Getúlio Vargas, em Alegrete)


É de uma sabedoria ímpar pensar assim. Além disso, tarefa difícil pra mais de metro. Minha bisa é o bixo. Quem conhece ela se apavora com a energia dela.
Mas é simples de entender: naquela disposição não tem nada se arrastando com ela que faça parte do passado. Nenhum rancor, nenhuma revolta: aprendizado que só o tempo a deu.

Aprendizado aliás, que a filha dela (minha avó) também me deu outro dia.
Ela estava falando com uma tia minha e dizendo que o Rodolfo estava mudando de empresa, que agora iria trabalhar numa empresa dele e que eu mexia com essas coisas de computadores.

Aí tive que me meter:
- Vó, na verdade não é que eu trabalhe com computador. Eu trabalho com marketing e publicidade, essas coisas.
- Mas então eu não entendo. Outro dia te ouvi dizendo que não conseguiu trabalhar porque estava sem luz...
- Pois é! Que que eu vô te dizê...

Sabedoria de avó...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O tempo nem sempre é o mesmo

Isso é fato. O tempo nem sempre é o mesmo para cada um.
Quanto tempo leva pra tomar uma taça de vinho?
Quanto tempo leva pra terminar um bom papo?
Pra ficar com saudade precisa de quanto tempo sem ver alguém?
Para aprimorar uma boa ideia antes de falar, leva quanto tempo?

Eu sei os meus tempos. E não meço ele em horas. A minha medida é outra e não sei explicar. Aliás, a grande verdade é que prefiro não medir, quase nada na vida.

Sei é que pra mim leva tempo aprender a gostar, respeitar e admirar alguém.
Não é do dia pra noite, nem coisa de uma semana: leva tempo.
Principalmente porque se fossem pelas primeiras impressões, essas que temos em instantes, minutos, perderíamos o encanto por qualquer pessoa. Eu dou tempo para que as pessoas me conquistem.

Mas me impressiono com a força que tem em alguns segundos e às vezes se tornam destruidores. Como tem gente que consegue aglomerar o que tem de pior, em uma conversa, um diálogo e por tudo fora. É uma falta de respeito ao tempo. Construir uma admiração e perder o respeito são coisas tão próximas, mas ao mesmo tempo muito distantes.

Deve ser coisa das urgências dos nossos tempos. A necessidade de tudo estar como queremos agora, imediatamente.

O que consola, é que o tempo cura, mas o que me entristesse num dia cinza como hoje, é que o tempo de cura é infinitamente maior que o tempo que destrói

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Abrimos o show do Renato Borghetti na Casa das Artes

Foi muito legal. Um excelente programa de domingo para a gente e acredito que para muitos que estiveram lá: abrimos o show do Renato Borghetti, na Casa das Artes, aqui em Bento Gonçalves, com o projeto Ópera Pampa.
Conseguimos o espaço de 20 minutos, antes do show do gaiteiro e mandamos ver algumas músicas: Vento Negro, Herdeiro da Pampa Pobre, Xote Carreirinha e um medley de Esquilados/Céu, Sol, Sul/ Tertúlia.
O público nos recebeu muito bem e a quantidade de gente conversando conosco depois foi uma maravilha.
Além disso, o show do Renato foi muito bom.
Particularmente eu já tinha visto várias vezes, mas os guris (Diogo, Cafu e Marcelinho) babaram.
O Diego Floreio se mandou antes do show acabar, porque tinha que pegar a estrada... mas deu uma espiadinha.
O mais legal foi ver a família, meus irmãos, minha namorada, com os pais, irmã e um monte de gente amiga que foi nos prestigiar e conferir o show do Renato.





Que bom que a Casa das Artes está aberta a esse tipo de incentivo, com certeza foi bom demais pra gente e pra cultura da cidade. Todos saímos ganhando.

Já tem até video no youtube

segunda-feira, 22 de março de 2010

Novos Horizontes

Pois é, depois de 4 anos no Departamento de Marketing da Criare Móveis Planejados, abanei as tranças e fui trabalhar no outro lado, numa agência de propaganda. Vou correr risco como sócio da Guife Multicom em troca da estabilidade que tinha dentro de uma das maiores empresas de móveis da América Latina.
Isso pode parecer loucura pra alguns: sair de uma zona segura e estável, com possibilidades de crescimento, pelo arriscado, duvidoso e incerto. Trocar o salário fixo, pelo variável ou até quem sabe a falta dele.
Mas é justamente aí que mora a graça da coisa. Nunca fui uma pessoa que gostasse de rotinas estáveis, ou de caminhos previsíveis e seguros, a possibilidade do risco é vigorante pra mim.
Além disso, é a oportunidade de construir algo diferente de tudo aquilo que vi, enquanto estive no papel de cliente das agências. A posição de alguém que criticava a postura e forma como algumas agências conduzem o atendimento com as empresas, hoje deverá ser visto como um desafio: se eu achava tão ruim e simples de fazer diferente, então vai lá e faz como acha que deve ser.
O que aprendi nesses 4 anos na Criare, serviram para aprender acima de tudo é que tem muito trabalho pra ser feito e que quando bem feito o reconhecimento e os resultados são naturais. Por isso sou eternamente grato a esta empresa e todas as pessoas com que convivi. Transformei aquele lugar como uma extensão da minha casa e desligar disso e das pessoas de lá, vai ser uma tarefa árdua.
Mas ao mesmo tempo estou construindo uma nova casa, com gente nova e o mais importante, com sangue no olho, com vontade de fazer a coisa acontecer. Mão só os pelos novos sócios como pela turma que trabalha lá, uma galera super jovem como eu e com ganas de conquistar muitas coisas.
O futuro agora só depende de mim e tenho certeza que vou fazer o melhor pra tudo acontecer, porque acho que a minha principal virtude é e sempre será fazer o melhor que posso em absolutamente tudo que faço.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Guri de Apartamento

Volta e meia ouvimos esta expressão "Guri de Apartamento". Aliás, expressão que ouvimos só por aqui no Rio Grande do Sul, acredito eu.
Vou iniciar a descrever neste blógue, situações que classifico como de um Guri de Apartamento.

Antes de mais nada, acredito que seja importante delimitar o seguinte: alguém pode ter morado a vida inteira num apartamento e não ser um guri de apartamento.

Mas bom, vamos a primeira delas, que pra mim é determinante:

1. Um Guri de Apartamento NUNCA tirou um tampão do dedo do pé jogando futebol de pés descalços. Isso porque ele nunca jogou futebol sem um tênis apropriado ao referido esporte. Significa dizer que ele NUNCA saiu de casa com a bagaceirada da rua quando guri, sem a  mãe passar a mão na cabeça dele e dizer: "Agora vais pra piscina"; ou "vai pra tua aula de inglês". Se ele quisesse jogar futebol tinha hora marcada e local pré-determinado. Colocar dois chinelos marcando as goleiras e chamar o vizinho da rua do lado, que jogava mal, mas participava porque tinha a bola, é algo que ele nunca fez. Tinha que saber com quem jogaria e quem seria o goleiro, quais eram os times, se teria colete ou camisetas pra dividir os times. Jogar no formato com camisa contra os sem camisa, fere a autoestima dele, esta fora de cogitação. Na beira da praia com vento e com goleirinhas de montinhos de areia e roupas, nem na imaginação.

Se conheces alguém assim, quando ouvires essa expressão, batata...

É a primera de várias definições que inclusive todos poderão contribuir comigo.
Qual o objetivo? Sei lá...
Mas vamos combinar que criar essas coisas são esclarecedoras para a vida das pessoas.
Principalmente para a vida daquelas pessoas, que sempre ouviram isso e nunca entenderam.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Separatistas!?

Além de triste, fiquei impressionado com o que gerou a entrevista dada pelo Nei Lisboa no último dia 25 de janeiro. Entre outras bobagens, ele fala que “a música gauchesca lhe parece muito ruim, estética, ideológica e musicalmente” e que “a música gaúcha se torna intragável para qualquer pessoa mais esclarecida”. Então acabaram surgindo posições como a do César Oliveira e do João de Almeida Neto, além de diversos comentários nos blogs aonde os textos foram publicados e depois uma emenda publicada pelo Nei que saiu pior que a encomenda.


De verdade, fico triste pela situação toda, porque acabam surgindo posicionamentos fortes de todos os lados que criam a sensação de que existem forças em dividir ou separar a arte do nosso estado de alguma forma. Tenho certeza que a maioria das pessoas não quer isso.

Fico com a impressão que são argumentos que estavam guardados, como um arsenal de armas pronto para ser usado, porque de fato é quase lógico que a qualquer momento essas opiniões surgiriam. Digo quase lógico, porque sempre houve e sempre haverá quem se posicione contra manifestações culturais que tenham identidade forte. Mesmo assim afirmo: há quem conviva e desfrute de todas elas juntas da forma mais saudável.

Que legal ver que o mesmo Bebeto Alves que gravou um disco inteiro com o papa da viola campeira, Lucio Yanel, teve uma composição sua gravada pela Ana Carolina, lá no instransponível centro do país, ou ver que um disco maravilhoso do Luiz Marenco, teve contribuição de um guru da música pop como o Thedy Correa. Quem disse que não podem conviver e trocar?

Se me der vontade, danço uma vanera no CTG, vou pra Redenção de alpargata, bombacha e mate na mão, depois se mudar de idéia vou pra Cidade Baixa e curto a boemia e samba da noite na capital, tomando uma cerveja gelada e no domingo de manhã escuto um milongão curando a ressaca, assim como muitos e muitos aqui nos pampas.

Quem define aonde começa um e termina o outro? Quem estabelece aonde se deixa de ser campeiro e começa a ser urbano? O mesmo coração que bate ao ouvir Geraldo Flach, Nei Lisboa, Borghetti, Yamandu ou a Cidadão Quem é mesmo acelera quando ouve um verso do João da Cunha Vargas, ou uma música do Pirisca, do Noel Guarani, da Ultramen, do César Oliveira e do Rogério Melo. São diferentes? Entre todos “porsupuesto”, mas são todos gaúchos e isso me basta para me encher de orgulho.

O Nei Lisboa foi infeliz no que disse, podia ter ficado quieto porque tem uma obra incrível, que por si já fala. Acho que ele deve estar passando por um momento ruim e acabou falando besteira ou deve ter um ciuminho do movimento que de fato rende como o negócio dele não deve render. Mas da mesma forma, digo aos campeiros como o César Oliveira, que as muralhas hoje são muito menores do que parecem, a “Cola Atada” toca em muito mais celulares do que ele imagina.

Afinal como já disse o Jayme Caetano Braun: “para aquele atenta e raciocina com calma, gaúcho é um estado d’alma sob qualquer vestimenta.” Aliás, essa do Jaime, conheci num CD dele de pajadas de improviso, que tive acesso lá no Passo do Inhanduí, em Alegrete e que gravei imediatamente no meu laptop. Como sou organizado ficou na letra J, ao lado de outros como: Jairo Lambari, Jarabe de Palo, Jimi Hendrix, Jorge Drexler...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Algo bem maior

Escrevi este texto abaixo em maio de 2008.
Lá se vão quase 2 anos e nunca tinha publicado ele em lugar nenhum.
agora vai.
Abraço
Rodolfo

-----------------------------------------------
Algo bem maior

Um texto: despretensioso mas com tom de desabafo, é o que pretendo fazer. No alto de completar os meus quase 27 anos, começo a ver que faz sentido o que ouvi o Lulu Santos dizer certa vez, do porque os homens são de marte. Segundo ele, é nesse período que deixamos de ser crianças e passamos para fase adulta, pois 27 anos na terra é um ano de marte, ou seja, estou prestes a completar um ano marciano, deixar de ser menino e me tornar um homem.
Não sei se isso se aplica a todos, mas tenho acreditado que faz sentido pra mim e o principal motivo é simples: perdi a inocência. Não tenho mais a ingenuidade que torna uma criança leve e que de fato perdi com o tempo. Acredito que isso aconteça, quando por mais que a gente tente, olhamos para as pessoas e percebemos as suas maldades, antes das suas bondades.
Quando criança, brigávamos mais de uma vez com nossos irmãos e amigos da vizinhança, mas no outro dia estávamos todos literalmente pedindo desculpas e fazendo as pazes, afinal de contas precisávamos um dos outros pra continuar fazendo nossas artes e bochinchos, como diríamos lá no Alegrete. Mas sabíamos disso: dependíamos uns dos outros, por mais que nos desentendêssemos cedíamos pelo bem comum.
Hoje, qualquer olhada torta é suficiente para levantarmos a guarda e nos resguardarmos de alguém. Deixamos de acreditar uns nos outros por pequenas bobagens, que superávamos quando crianças mas que não temos mais disposição para relevar. Dizemos NÃO com a maior facilidade. Queremos imediatamente algo em troca quando abrimos mão de alguma coisa, ou seja, nos preocupamos muito mais com o nosso umbigo que com o que nos rodeia.
De repente eu precise de mais 27 pra entender bem isso, mas o fato é que hoje realmente o “mundo é mau” e acredito que é nas pequenas coisas que tornamos o BEM algo muito maior que este mundo. Só com a pureza de uma criança é possível acreditar e por isso faço da música, meu instrumento de prece para não perder a essência, pois foi na infância que aprendi que com ela crio um mundo encantado, aonde no fundo, todos gostariam de viver.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Facilidade ou banalidade

Impressionante a facilidade pra um monte de coisa hoje em dia. Temos acesso a praticamente tudo, ou pelo menos, o caminho.

Tá valendo demais ultimamente aquela máxima: não sei fazer, mas tenho o telefone de quem sabe. Eu acrescentaria o seguinte hoje: não sei fazer, mas tem um site que ensina.

Pois bem, aonde eu queria chegar com isso?!

Fiz uma edição de um vídeo, com diversos vídeos caseiros, filmados com câmeras fotográficas normais. Em uma noite consegui descobrir diversas coisas no Adobe Premiere e tá aí.

Fosse algo que tivéssemos captado com essa intenção, ficaria muito melhor, ou se tivesse me dedicado mais em conhecer o programa. tá aqui o video... mega ultra basico, mas foi uma forma diferente de ver coisas normais... ou não

Quanto mais vejo facilidade nas coisas, mais me desafio: porque só eu não fiz ainda se é tão fácil...

http://www.youtube.com/watch?v=lk59VaN7aD8&feature=youtu.be&a

O Beatle que não foi Beatle

O Beatle que não foi Beatle

Nunca é tarde

Pois é, nunca é tarde para fazer as coisas que se tem vontade.
Resolvi também ter o meu blog.
Vou postar os mais variados textos e devaneios, sobre música, cinema, marketing, publicidade, comportamento, cultura... enfim. Coisas que me fazem queimar neurônios e que hoje em dia o mais natural é dividir com mais gente e por isso do blog.
Uma das primeiras coisas que vou fazer, vai ser publicar alguns textos que tenho e que nunca fiz nada com eles.
Abraço e boa semana