domingo, 16 de maio de 2010

Chorinho na Praça Pública em Bento?!

Honestamente, lá pelos idos anos de 1997 quando cheguei em Bento Gonçalves, se alguém me contasse que haveria um show de chorinho em tributo a Noel Rosa, numa praça pública da cidade eu juro que iria desconfiar.



Um bate-papo com feras da música universal do nosso Rio Grande do Sul: Luiz Marenco, Pirisca Grecco, Cristiano Quevedo e César Oliveira seria ainda mais difícil imaginar.


Um show do Oswaldo Montenegro no Ginásio Municipal, outro do Borghetti no teatro da Casa das Artes, peças de teatro fazendo parte da rotina da cidade, eu acharia que estavam falando de outra cidade. Aliás, Casa da Artes pronta, com cursos de teatro, oficinas de música, mostras de artistas plásticos, artista da cidade lançando disco lá dentro, uma verdadeira efervescência de manifestações.
Realmente a cidade vive um momento ímpar. Com todo respeito, mas passaram pela fase de achar que as únicas manifestações culturais que a cidade devia ter era de Coral Italiano, cantando La Bela Polenta. Tomara Deus isso nunca acabe, mas graças a Deus também as coisas não pararam por aí e hoje temos uma vida cultural em Bento, cheia de opções. Ainda estamos engatinhando em diversos aspectos, comparando mas creio demais, que temos uma semente muito forte sendo plantada e indiscutívelmente as figuras do meu amigo Pedro Júnior da Fontoura e Juliano Volpatto, estão conduzindo isso. Força, porque a tarefa não é fácil.
Que a classe artística da cidade faça por merecer projetos de estímulos a produção autoral e saiba se organizar para buscar o que quer, com clareza e coerência do nosso papel: fazer arte. Aliás, acredito demais que somente através da arte iremos conseguir mudar o comportamento das pessoas e transformar o mundo. Sempre foi assim e os artistas não podem se furtar desse compromisso.

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